Por Tiberius Drumond
O
Brasil conquistou duas medalhas de prata, uma de bronze e seis menções honrosas
na 6ª
Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA, na sigla em
inglês). Os medalhistas de prata foram Ivan
Tadeu Ferreira Antunes Filho (Lins, SP) e Pedro Rangel Caetano (Votorantim, SP).
O bronze ficou com Breno Leví Corrêa (Viçosa, MG). Juliane Trianon Fraga (São
Paulo, SP), Murilo Freitas Yonashiro Coelho (São Paulo, SP), Matheus Saraiva
Valente Rosado (Fortaleza, CE), Onias Castelo Branco Silveira (Fortaleza, CE),
Karoline Carvalho Burgüer (Limeira, SP) e Fabio Kenji Arai (São Paulo, SP)
obtiveram menção honrosa. O evento reuniu 27 países.
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Pedro Rangel Caetano, de Votorantim (SP), recebe a medalha de prata |
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Ivan Tadeu Ferreira Antunes Filho, de Lins (SP) durante a premiação |
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Equipe que ganhou a menção honrosa |
À frente do grupo
brasileiro, estavam os professores Gustavo Rojas, da Universidade Federal de São
Carlos (UFSCAR) e Luciana Antunes Rios, do Centro Brasileiro de Pesquisas
Físicas (CBPF).
Antes da competição,
os estudantes da delegação brasileira participaram de um treinamento intensivo
com astrônomos, ex-participantes de olimpíadas e acadêmicos na cidade de Passa
Quatro, em Minas Gerais. O programa foi dividido em grupos de estudos, oficinas
de atividades e observação do céu noturno com instrumento e de maneira
panorâmica a olho nu. Os jovens aprenderam a montar e a manusear um telescópio
newtoniano, fizeram simulados de provas
anteriores e tiveram aulas de ciências espaciais, como, por exemplo, astronomia
de posição e análise de dados.
As provas da
olimpíada internacional foram realizadas em três modalidades: teórica, na qual os estudantes resolveram problemas
relacionados à Astronomia e à Astrofísica; observacional, em que demonstraram
seus conhecimentos sobre o céu; e prática, atividade que exigiu interpretação e
o uso de dados como astrônomos profissionais.
Para participar da
olimpíada internacional de astronomia, o candidato precisa de uma excelente
pontuação na prova da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).
Em seguida, participa das seletivas e ainda passa por outra etapa. Depois de
todo o processo, os classificados fazem um treinamento intensivo com vários
astrônomos, como o que aconteceu na cidade de Passa
Quatro.
Segundo o Dr. João
Canalle, coordenador nacional da OBA, a iniciativa motiva os estudantes a
despertar o interesse pela astronomia: “Nossa área é muito carente de
profissionais especializados e dispomos de pouquíssimos professores formados. As
olimpíadas científicas surgem com o objetivo de atrair não só os jovens, mas
também os futuros mestres em astrofísica”.
Esse ano, a seda da
6ª IOAA foi o Rio de Janeiro, na cidade de Vassouras. A cerimônia de
encerramento aconteceu no Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast). A próxima
edição será na Grécia, em Vólos.
Organização
A IOAA é reconhecida
pela União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês). A organização da
competição exige que cada país se comprometa a sediar uma edição da olimpíada,
arcando com todas as despesas relativas ao evento, que recebe apoio de
diferentes setores da sociedade.
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